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Mostrando postagens de março, 2022

O Esoterismo e seus invariantes: introdução às concepções de P. Rifard e A. Faivre (por Daniel Placido)

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O Esoterismo e seus invariantes: introdução às concepções de P. Rifard e A. Faivre   (por Daniel Placido*) O objetivo deste texto é comparar, conquanto de forma breve e introdutória, as leituras do filósofo francês Pierre Riffard e do historiador francês Antoine Faivre (recentemente falecido) sobre os invariantes do Esoterismo, valendo-se, ainda, da crítica feita pelo estudioso norte-americano Arthur Versluis aos dois autores franceses. Esses autores, diferentes em suas perspectivas e referenciais, ainda estão entre os nomes mais expressivos da pesquisa acadêmica contemporânea sobre o Esoterismo, a qual ganhou força e influência nos últimos 40 anos, aproximadamente, além de um considerável refinamento metodológico. P. Riffard considera que o Esoterismo é uma realidade universal, presente desde a pré-história até a época contemporânea, seja no mundo ocidental, seja no oriental. Ele propõe “invariantes” para caracterizar o Esoterismo, entendidos como “tipos ideais” no sentido weberian

Comentário Enéada I: 8 de Plotino, primeira parte (por Daniel R. Placido)

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  Esta é a primeira parte de um pequeno comentário que escrevi -- quase um resumo -- sobre o Tratado I: 8 das Enéadas de Plotino, “O que são e de onde vem os males”, a partir da tradução do prof. José Carlos Baracat Jr.  Todavia, não se trata de um fichamento exaustivo, pois não reproduzo todos os argumentos e exemplos plotinianos. Plotino caracteriza o mal como privação e o identifica com a matéria, mas isso coloca uma série de nuances e detalhes lógico-metafísicos e cosmológicos, já que é preciso explicar como ele teria surgido e como seria o contrário do Bem, assim como negar que o mundo seja essencialmente mau.  (Daniel R. Placido). 1. Plotino levanta inicialmente esta questão: o que é o mal e qual sua natureza? Dela, outras surgem: como poderíamos conhecer o mal? O intelecto e a alma são formas, e assim conhecem de modo formal ou pelas formas: o semelhante conhece o semelhante. Ora, como conhecer o mal, se ele é a ausência de bem? E como conceber o mal, se ele não é uma forma? A